Autorama ou Automodelismo de Fenda (em inglês: Slot Car), é o modelismo elétrico de automóveis de corrida em pistas especialmente fabricadas para o esporte ou entretenimento, com carros em escalas 1/32 ou 1/24.
Na versão profissional, os carros andam em pistas que podem chegar a quase 50 metros de comprimento, podendo ser praticado por pessoas de qualquer idade independente de habilidades especiais, e no autorama amador, vendido em lojas, a pista é feita de peças de plástico que se encaixam. O autorama (brinquedo da Estrela) é uma mini-pista de corrida com carrinhos movidos a pilha, foi produzido comercialmente pela primeira vez nos EUA em 1912 pela Lionel.
O brinquedo chegou ao Brasil em 1963, pela loja Mobral Modelismo em São Paulo, que começou a importá-los. No ano seguinte a Estrela, licenciada pela Gilbert dos EUA, começou a produzi-los nacionalmente.
O autorama ganhou nova versão no Brasil, com a estreia de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1. No Autorama Emerson Fittipaldi, o brinquedo ganhou versão elétrica. A mesma versão foi estendida para as versões seguintes, sempre com nomes de pilotos brasileiros que estavam em evidência na Fórmula 1, como Nélson Piquet, Ayrton Senna e Rubens Barrichello.
O tempo de volta em uma pista oficial modelo Blue King que tem 47,24 m (155 pés) de extensão é feito em apenas 1,4 segundo e os carros mais rápidos aceleram de 0 a 100 km por hora em 0,4 segundos. Por isso ele é considerado o esporte a motor mais rápido do mundo em aceleração. Atualmente existem campeonatos oficiais no mundo todo sendo os principais o Campeonato Nacional Americano, o Campeonato Mundial, o Campeonato Europeu e o Campeonato Brasileiro. Temos no Brasil o maior e considerado melhor fabricante do mundo de pistas de madeira, a Slot Car Brasil.
O autorama não é o esporte das multidões! Em um país onde o esporte se resume a futebol e vez ou outra Fórmula Um que não é um esporte mas sim uma das categorias de um esporte : O Automobilismo, ter tantos adeptos, tantos loucos pelo esporte e há tantos anos? realmente não é coisa para qualquer brinquedinho não!
Dos primeiros carrinhos até os protótipos de competição que vemos hoje em nossas pistas, muita tecnologia se desenvolveu em processos de fabricação, ferramentais, pessoas se profissionalizaram, pilotos brasileiros se tornaram os melhores do mundo e vários campeões mundiais de diversas categorias são brasileiros.
Nossos equipamentos são equivalentes aos nossos pilotos em qualidade técnica. Atualmente o Brasil exporta equipamentos como pinhões , coroas, setups para motores, pneus e chassis para vários paises do mundo.
Como em todo o automobilismo mundial, a escalada dos custos e a alta da moeda americana inflacionaram também as competições de autorama e categorias mais caras viram seus grids diminuírem, dando lugar a grids de categorias com motores chineses, selados, não podem ser preparados, de ignição interna, muito mais baratos, construídos para maximizar seu desempenho por um custo muito mais atrativo, o que fez aumentar o número de praticantes novamente.
Junte a isso a possibilidade de equivalência e equiparação de potência de motores e temos a receita ideal de categorias fortemente equilibradas, com motores resistentes, que não precisam serem abertos a cada prova, evitando custos altos de manutenção.
Assim sendo, a habilidade do piloto passa a ser mais valorizada, sua capacidade de acertar seu chassi e sua carroceria, tirando destes equipamentos, os décimos de segundo que precisa para vencer sua competição.
Outro fator de muito equilíbrio: Nas competições realizadas na Máfia Autorama por exemplo, e em muitas outras pistas, a relação entre coroa e pinhão não pode ser alterada, ela é o que chamamos de relação “travada”, ou seja, não pode ter nenhum de seus componentes alterados.
Essa medida evita que um piloto altere seu equipamento para obter maior rendimento de seu motor em retas em detrimento às curvas por exemplo, mas que iria deteriorar o seu motor, reduzindo drasticamente a sua durabilidade.
Das primeiras carrocerias feitas em plástico para as atuais em bolhas pelo processo Vacumm Forming em Policarbonato, mais conhecido como Lexan, em diversas espessuras, buscando alto rendimento com resistência a impactos.
Chassis desenvolvidos para suportar impactos severos e oferecer alto desempenho, velocidade, aderência á pista e tudo isso com um peso total do carro que nunca ultrapasse os 62 gramas! Dá para ter uma ideia da tecnologia envolvida?
Mas ainda acho que o maior nível de desenvolvimento do autorama se deu nos equipamentos dentro das oficinas: Hoje temos ferramentas especializadas para tudo. Gabaritos altamente técnicos para instalação de bolhas, Jigs para pesagem do carro roda a roda, ferramenta de análise de motores, ferramentas para alinhamento de chassis, ferramentas para rebaixamento de pneus.
Uma oficina bem estruturada como a Máfia Autorama por exemplo, é praticamente um laboratório, é impressionante o que se pode se desenvolver lá dentro.
É por isso que as mentes dos pilotos, dos técnicos, daqueles que só estão lá para desenvolver tecnologia, não param um minuto! para que os carros sejam cada vez mais rápidos.
Vamos fazer a história do autorama juntos?
Venha conosco!